A descoberta de um câncer de pele, do tipo carcinoma basocelular nunca é fácil para os pacientes. Porém quanto antes a descoberta e mais rápido o começo do tratamento e cirurgia, maiores são as chances de uma boa recontrução da pálpebra e cura do paciente.
O que é um carcinoma basocelular
O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum e o menos agressivo. Trata-se de um tumor constituído de células basais, comuns da pele. Essas células se multiplicam de forma desordenada, dando origem ao tumor. A retirada de tumores como este é muito importante e quanto antes melhor, pois o mesmo é maligno e pode invadir outras estruturas do corpo, como ossos e olhos. Ele cresce e quanto maior fica, mais difícil é a reconstrução estética. Como foi o caso que vou mostrar a seguir.
Caso clínico: meu paciente era um senhor idoso e estava com um tumor maligno Carcinoma Basocelular localizado na pálpebra inferior do olho esquerdo.
Sobre a retirada do tumor:
Primeiro foi realizado a marcação, fiz com margem de 3mm em volta do tumor. É feito uma biopsia nessa borda de 3mm para ver se a margem esta livre. Essa biopsia é de congelação e depois que o patologista da o resultado positivo, a gente começa a reconstrução.
Reconstrução: o quebra cabeças.
Como este caso se trata de um paciente com mais idade, é relativamente menos complicado devido a sobra de pele que dispõe na pálpebra. Então depois da retirada do tumor, sobrou um pouco menos da metade da pele da pálpebra. De início, soltamos a pálpebra temporal, começamos a tentar prender no nariz para por ela na posição de novo no canto medial. A ideia é tentar salvar a via lacrimal, o que infelizmente não foi possível nesse caso.
Depois foi solto o ligamento que fica segurando a pálpebra no osso lateral, para poder puxar até o meio, daí eu dei um ponto no osso nasal (na órbita) para segurar a pálpebra e na parte temporal eu rodei um pedaço do periósteo que é uma pele que recobre o osso para poder dar sustentação para essa pálpebra.
O próximo passo foi soltar o subcutâneo e a pele, para poder ir rodando e montando o quebra-cabeças. Neste momento é onde fica um grande buraco, onde eu criei um retalho de pele da pálpebra superior e utilizei para fechar. O bom é que toda pele foi dele, não foi necessário enxerto, o que é positivo, pois enxerto tem risco de falência. E abaixo mostro o resultado de como ficou a reconstrução da pálpebra.
Aproveitamos a cirurgia e resolvemos também a correção de ectrópio na pálpebra esquerda do paciente.
Paciente operado, tumor retirado com pálpebra reconstruída, ectrópio corrigido e uma recuperação tranquila.
Eu sou a Dra. Camila Cheble, sou Médica Oftalmologista especialista em Cirurgia Reconstrutiva e Estética das Pálpebras e Vias Lacrimais.
Possuo Residência Médica em Oftalmologia pelo Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HFSE-RJ), Fellowship em Oculoplástica e Vias Lacrimais pela Universidade de São Paulo (USP) e Observership em Oftalmologia pela Universidade de Montreal – Hospital Maisonneuve Rosemont e em Plástica Ocular pela Universidade do Texas - MD Anderson Cancer Center.
Sou membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO) e Professora de Oculoplástica do curso de Pós-Graduação Latu Sensu em Oftalmologia da PUC-Rio.
Meus casos clínicos de referência são traumas oculares de grau elevado com reconstrução estética, casos comuns e raros de retiradas de tumores palpebrais com reconstrução da região ocular e casos raros dentro da oftalmologia e estética reparadora. Minha especialização é RQE 20524.
AGENDE SUA CONSULTA
Dra. Camila Cheble
Oftalmologia, Oculoplástica e Vias Lacrimais.
CRM-RJ 52.88325-5 | RQE 20524
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